Matheus Pereira vs Vitória B: As melhorias trazidas por Luís Martins

Desde que Luís Martins assumiu a equipa B após o término do mandato de João de Deus, a equipa secundária do Sporting começou uma feliz escalada na tabela classificativa, afastando-se dos lugares de despromoção que vinham assombrando a equipa.

Se por um lado esta melhoria pode ser explicada pela utilização de jogadores que já actuaram na primeira liga como Gauld, Geraldes e Matheus, por outro são visíveis algumas das melhorias que Luís Martins trouxe à equipa. Desde já a equipa mostra-se bem mais compacta. Os jogadores estão mais próximos. Esta mudança tem vindo a ser essencial para estes bons resultados obtidos.

Primeiro porque confere maior solidez à equipa no momento defensivo. Os jogadores estão mais próximos, a pressão é feita de forma mais eficaz, são recuperadas mais bolas. Mas, para além disto, esta maior proximidade dos jogadores permite que seja possível manter uma maior posse de bola. São oferecidas aos jogadores mais e melhores soluções para manipular o adversário com bola, através de trocas rápidas, capazes de desposicionar o oponente.

E, para dar mais algum sentido a este post, podemos, mais uma vez, extrapolar isto para a equipa A. A desconexão que existe na equipa A, a falta desta proximidade inter-jogadores, faz com que a equipa fique dependente das individualidades que tem na ala, o que, tanto pelo perfil de quem lá actua como pelas ideias que o treinador parece vir a passar, impede que o espaço interior não seja melhor aproveitado e que os ataques sejam facilmente condicionados e controlados. Invariávelmente, as investidas ofensivas do Sporting acabam em cruzamentos para a área, mesmo que essa acção não seja feita em condições de superioridade numérica e/ou posicional. Segundo dados do WhoScored o Sporting faz cerca de 24 cruzamentos por jogo. Um número que considero absurdo. Neste lance que aqui apresentamos vêmos uma equipa a construir uma situação bem mais vantajosa que os infindáveis cruzamentos que são vistos na equipa A. Juntar criativos, aproximá-los uns dos outros e conferir-lhes a possibilidade de combinarem uns com os outros. O resultado está à vista. Mesmo que o nível dos adversários não seja tão elevado como na primeira liga, porque não colocar os criativos ao serviço da equipa?

5 opiniões sobre “Matheus Pereira vs Vitória B: As melhorias trazidas por Luís Martins

  1. A jogada nasce da movimentação do Gauld. Depois, uma simples combinação com Matheus. Não há complexidade nenhuma aqui.

    Na equipa A ninguém dá apoios decentes e os extremos jogam colados à linha juntamente com os laterais. É patético.

    O Luís Martins que vá explicar isto ao JJ já que ele parece ter-se esquecido.

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    1. Sobre os extremos colados à linha farei um novo post no futuro onde darei a minha opinião e como faria para alterar isso.
      Este golo tem alguma complexidade. As movimentações de todos os jogadores são bastante boas e a calma e criatividade com que fazem as coisas é notável. Bem antagónica do que acontece na equipa A onde há sempre a pressa de “chegar ao fim”. E a forma mais fácil é o clássico cruzamento

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      1. “Este golo tem alguma complexidade. As movimentações de todos os jogadores são bastante boas e a calma e criatividade com que fazem as coisas é notável.”

        Eu quando falo de complexidade refiro-me à dificuldade da execução. Tirando o drible do Matheus, tudo me parece relativamente simples. São passes simples a curta distância, não vejo grande complexidade nisso (a não ser que estejamos a falar de “jogadores” como o Schelotto). As movimentações são boas mas também não me parecem especialmente complexas.

        Com isto não estou a tirar mérito à jogada, muito pelo contrário. Para mim, as coisas mais simples são normalmente as mais eficazes.

        Cumps

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      2. Ah sim! Mas aí está para mim a essência do treinador. Tornar as coisas simples para os seus jogadores. Ou pelo menos aparentemente simples

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  2. Actualização: O Kiki, que dantes nem um passe vertical metia, começa já a arriscar mais nesses lances. Influência também do Luís Martins que tornou esses passes mais acessíveis, mais fáceis de se fazerem e que certamente tem vindo a trabalhar nisso com o jogador.

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